As Cronicas dos Elfos Renegados
Ato 1 – MacGregor
Era uma noite de verão das mais agradáveis que Elian
MacGregor olhava de sua varanda, voltada para o mar de onde uma insistente
brisa soprava e agitava as cortinas de seda élfica ricamente trabalhadas, Elian
observava as ondas baterem contra o quebra mar de seu porto como um sinal de
mau agouro.
Vai vir tempestade – disse em voz sussurrante – isso irá
dificultar ainda mais nossa viagem, olhando para trás viu sua mulher ainda
dormindo com o seu filho recém nascido próximo a ela, um pesar passou-lhe pela
mente, por que escutou os outros dois, por quê?
Claro que escutaria – pensou – sempre fui curioso e
transformador, mas deveria dessa vez ter imaginado que teria sérias
consequências, não só para mim, mas para todos de minha família, o conselho
sempre foi conservador e a muito tempo tentam mitigar o poder que minha família
tem na cúpula.
Meu senhor? – Chamou mais uma vez o servo humano – estamos
quase prontos, o comandante quer saber qual rota seguir, para poder traçar o
rumo da viagem.
Compreendo – disse Elian voltando dos seus pensamentos –
diga ao comandante que irei com ele na cabine e darei as instruções
pessoalmente. Falou com os guardas?
Sim, meu senhor, eles falaram que há movimentação na cidade
e que antes de o astro rei se mostrar muitos guardas do reino estarão em nossas
portas para prendê-lo e confiscar seus bens, comandados por Ranulfo Westcott. –
respondeu o Servo.
Claro que seria ele a instigar o conselho contra mim –
pensou – Mande preparar tudo para partimos que eu estarei pronto muito
rapidamente.
Depois disso saiu da varanda e foi acordar a mulher para que
essa também se arrumasse.
Em 15 minutos estavam a caminho do porto que estava muito movimentado, para terminar de carregar o navio o mais rápido possível, enquanto cumprimentava o capitão que os levaria dali, uma Bola de Fogo atingiu em cheio o navio causando uma explosão imensa que rapidamente colocou fogo nas velas e começou a consumir a proa do navio.
Muitos marinheiros tentaram apagar as chamas, porém não
tinham nenhuma chance de conseguir fazer isso, o sentimento de culpa de Elian
aumentou a ponto de turvar-lhe a visão, as lágrimas escorriam por seu rosto,
pensando agora no destino que sua mulher teria e seu filho que mal havia nascido
e provavelmente seria feito de escravo, que decaida do nome de sua família era
esse, por um simples erro.
Foi quando conseguiu distinguir a voz de Ranulfo rindo e
falando.
Você sempre foi previsível Elian – Falou sarcasticamente
Ranulfo – achou mesmo que não iríamos imaginar que iria tentar fugir de navio
para além mar, onde tem vários aliados e onde o nome de sua família seria bem
visto? Não ache que irá muito longe, seu destino é a morte Elfo negro.
Antes que Elian pudesse responder, muitos soldados seus
foram correndo na direção de Ranulfo, bradando “Não se te matarmos antes...”
Roma Ash – Falou Ranulfo com calma enquanto fazia um gesto
com a mão – Do nada em uma praia surgiu uma parede de fogo que queimou até a
morte aqueles que estavam mais próximos do mago, e intimidou os outros, mas as
próprias ondas de calor já fazia mal a todos que começaram a queimar
lentamente.
Por que está aqui mago do fogo? – gritou Elian – Não lhe
fizemos nada, queremos só viver em paz!
Elian, você se enveredou por caminhos que não devia, não
haverá vida mais para ti, pois tratarei de te queimar lentamente para purificar
sua alma do crime hediondo que cometeste, mas não te preocupes, não matarei
Constanssa que teve o azar de casar-se contigo e nem matarei teu filho, se a
viúva decidir casar-se comigo.
Ainda não desistiu disso – gritou Constanssa – Eu escolhi o
Elian e não me arrependo.
Enquanto ouvia as palavras de sua mulher Elian pensou em um
plano, pois não havia maneira de enfrentar o destrutivo mago do fogo de maneira
limpa, mas ele tentaria ao menos salvar os seus, via que Ranulfo estava com
raiva do que sua mulher havia dito e sabia que seu destino seria ser queimada
também.
Beth Eretz – disse Elian – enquanto chutava a areia da praia
e fazia surgir do chão uma enorme Muralha de Rochas circular, que o envolveu,
sua mulher e seu filho, enquanto ouviam as pancadas das magias de Ranulfo
contra a muralha recém-criada, Elian falou a sua esposa:
Cosntanssa, tenho uma ideia de como vocês podem sobreviver,
vou teleportá-la para a cidade de Ur na fronteira com as terras esquecidas, lá
você não estará segura, não fale seu nome a ninguém, compre roupas de frio e
mantimentos, veja se consegue contratar mercenários que lhe dêem proteção na
viagem pelas terras esquecidas, como você, sabe lá tem uma vila chamada Furry,
onde renegados da sociedade vão, ela foi criada como cidade refúgio para os
condenados por injustiça. Lá você ficará segura.
E você Elian? – Perguntou Constanssa – vai me deixar sozinha
nessa viagem?
Irei segurar ou até matar o Mago do Fogo, provavelmente
serei preso e morto, não deixe que meu filho morra também, e lembre a ele de
quem foi seu pai... não tenho como transportar nós três, então escolho pela
vida daqueles que têm algum futuro – Disse Elian – ao terminar essas palavras
disse Sha’ol haish. Enquanto jogava para sua mulher, um saco com dinheiro e um
punhado de um pó brilhante.
Quando terminou essas palavras, Elian abril os olhos e não
viu mais sua mulher e seu filho, a parede ainda aguentaria um pouco, então ele
conjurou várias magias sobre si, pois agora estava na hora de mostrar ao Mago
do Fogo o poder de sua família e suas novas magias...
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