sexta-feira, 9 de junho de 2017

As cronicas dos Elfos Renegados - Ato I - MacGregor

As Cronicas dos Elfos Renegados 


Ato 1 – MacGregor

Era uma noite de verão das mais agradáveis que Elian MacGregor olhava de sua varanda, voltada para o mar de onde uma insistente brisa soprava e agitava as cortinas de seda élfica ricamente trabalhadas, Elian observava as ondas baterem contra o quebra mar de seu porto como um sinal de mau agouro.

Vai vir tempestade – disse em voz sussurrante – isso irá dificultar ainda mais nossa viagem, olhando para trás viu sua mulher ainda dormindo com o seu filho recém nascido próximo a ela, um pesar passou-lhe pela mente, por que escutou os outros dois, por quê?  

Claro que escutaria – pensou – sempre fui curioso e transformador, mas deveria dessa vez ter imaginado que teria sérias consequências, não só para mim, mas para todos de minha família, o conselho sempre foi conservador e a muito tempo tentam mitigar o poder que minha família tem na cúpula.

Meu senhor? – Chamou mais uma vez o servo humano – estamos quase prontos, o comandante quer saber qual rota seguir, para poder traçar o rumo da viagem.

Compreendo – disse Elian voltando dos seus pensamentos – diga ao comandante que irei com ele na cabine e darei as instruções pessoalmente. Falou com os guardas?

Sim, meu senhor, eles falaram que há movimentação na cidade e que antes de o astro rei se mostrar muitos guardas do reino estarão em nossas portas para prendê-lo e confiscar seus bens, comandados por Ranulfo Westcott. – respondeu o Servo.

Claro que seria ele a instigar o conselho contra mim – pensou – Mande preparar tudo para partimos que eu estarei pronto muito rapidamente.


Depois disso saiu da varanda e foi acordar a mulher para que essa também se arrumasse.

Em 15 minutos estavam a caminho do porto que estava muito movimentado, para terminar de carregar o navio o mais rápido possível, enquanto cumprimentava o capitão que os levaria dali, uma Bola de Fogo atingiu em cheio o navio causando uma explosão imensa que rapidamente colocou fogo nas velas e começou a consumir a proa do navio.

Muitos marinheiros tentaram apagar as chamas, porém não tinham nenhuma chance de conseguir fazer isso, o sentimento de culpa de Elian aumentou a ponto de turvar-lhe a visão, as lágrimas escorriam por seu rosto, pensando agora no destino que sua mulher teria e seu filho que mal havia nascido e provavelmente seria feito de escravo, que decaida do nome de sua família era esse, por um simples erro.

Foi quando conseguiu distinguir a voz de Ranulfo rindo e falando.

Você sempre foi previsível Elian – Falou sarcasticamente Ranulfo – achou mesmo que não iríamos imaginar que iria tentar fugir de navio para além mar, onde tem vários aliados e onde o nome de sua família seria bem visto? Não ache que irá muito longe, seu destino é a morte Elfo negro.

Antes que Elian pudesse responder, muitos soldados seus foram correndo na direção de Ranulfo, bradando “Não se te matarmos antes...”  

Roma Ash – Falou Ranulfo com calma enquanto fazia um gesto com a mão – Do nada em uma praia surgiu uma parede de fogo que queimou até a morte aqueles que estavam mais próximos do mago, e intimidou os outros, mas as próprias ondas de calor já fazia mal a todos que começaram a queimar lentamente.

Por que está aqui mago do fogo? – gritou Elian – Não lhe fizemos nada, queremos só viver em paz!
Elian, você se enveredou por caminhos que não devia, não haverá vida mais para ti, pois tratarei de te queimar lentamente para purificar sua alma do crime hediondo que cometeste, mas não te preocupes, não matarei Constanssa que teve o azar de casar-se contigo e nem matarei teu filho, se a viúva decidir casar-se comigo.

Ainda não desistiu disso – gritou Constanssa – Eu escolhi o Elian e não me arrependo.
Enquanto ouvia as palavras de sua mulher Elian pensou em um plano, pois não havia maneira de enfrentar o destrutivo mago do fogo de maneira limpa, mas ele tentaria ao menos salvar os seus, via que Ranulfo estava com raiva do que sua mulher havia dito e sabia que seu destino seria ser queimada também.

Beth Eretz – disse Elian – enquanto chutava a areia da praia e fazia surgir do chão uma enorme Muralha de Rochas circular, que o envolveu, sua mulher e seu filho, enquanto ouviam as pancadas das magias de Ranulfo contra a muralha recém-criada, Elian falou a sua esposa:

Cosntanssa, tenho uma ideia de como vocês podem sobreviver, vou teleportá-la para a cidade de Ur na fronteira com as terras esquecidas, lá você não estará segura, não fale seu nome a ninguém, compre roupas de frio e mantimentos, veja se consegue contratar mercenários que lhe dêem proteção na viagem pelas terras esquecidas, como você, sabe lá tem uma vila chamada Furry, onde renegados da sociedade vão, ela foi criada como cidade refúgio para os condenados por injustiça. Lá você ficará segura.

E você Elian? – Perguntou Constanssa – vai me deixar sozinha nessa viagem?

Irei segurar ou até matar o Mago do Fogo, provavelmente serei preso e morto, não deixe que meu filho morra também, e lembre a ele de quem foi seu pai... não tenho como transportar nós três, então escolho pela vida daqueles que têm algum futuro – Disse Elian – ao terminar essas palavras disse Sha’ol haish. Enquanto jogava para sua mulher, um saco com dinheiro e um punhado de um pó brilhante.


Quando terminou essas palavras, Elian abril os olhos e não viu mais sua mulher e seu filho, a parede ainda aguentaria um pouco, então ele conjurou várias magias sobre si, pois agora estava na hora de mostrar ao Mago do Fogo o poder de sua família e suas novas magias...

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